Somos abelhas.

 

Cada uma de nós carrega em si a memória de todas que vieram antes. Trabalhamos em silêncio e em coro, construindo mundos com asas firmes, corpos cansados e sonhos coletivos.

 

Somos o zumbido que anuncia a vida. Somos o enxame que se move com direção e desejo. Somos mulheres em lutas.

 

Como as abelhas, somos muitas. E juntas, somos potência. Fertilizamos ideias, espalhamos coragem, damos sustento ao que é invisível. Nosso trabalho alimenta o Brasil. Nas casas, nos campos, nos becos, nas escolas, nos ambulatórios, nos parlamentos. Somos multidão em movimento.

 

Mas querem nos silenciar. Querem nos envenenar com o ódio, nos desorganizar com o medo, nos adoecer com a fome e a mentira. Como as abelhas melíferas, enfrentamos venenos que não escolhem alvo: o autoritarismo, o machismo, o racismo, a lesbofobia, a transfobia e a extrema direita.

 

É por isso que nascemos. Somos MEL – Mulheres em Lutas. Um movimento político que não vem substituir partidos nem organizações ou coletivos. Nosso enxame se espalha por muitos espaços, respeita cada trajetória, reconhece cada construção. Viemos para ser conexão, para ser tempo de florada, para chamar o comum, para lutar pelo bem-viver.

 

Sabemos que a colheita exige união.

Precisamos de amplitude para barrar o fascismo,

E de radicalidade para não deixar ninguém para trás. Acreditamos na política como lugar de reinvenção do possível — onde o sonho vira projeto e o encantamento é força de transformação
 

Nosso projeto é a vida com justiça. Nosso método é o cuidado com coragem. Nosso horizonte é o futuro onde todas floresçam.

 

Porque quando uma mulher luta, uma flor se abre. Quando muitas lutam, o mundo se transforma.

 

MEL – Mulheres em Lutas.

Somos abelhas. Somos enxame. 

Somos o amanhã polinizando o agora.